"O Amplifica nos mostra a força da educação. Um bom momento para relembrar uma frase de Malala: “Um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo”. "
Segundo Richard Mayer, autor da teoria cognitiva da aprendizagem multimídia, que pensou na forma como as pessoas aprendem para elaborar esse conceito, os textos e as imagens utilizadas em uma instrução podem ganhar vida em uma narrativa falada ou escrita. Das mídias estáticas àquelas com movimento, hoje é possível acrescentar a uma aula recursos, como: fotos, ilustrações, gráficos, mapas, animações, vídeos etc.).
Por que defender uma aprendizagem multimídia com mão na massa? Quais competências e habilidades estão sendo demandadas dos educadores para conseguir lidar com jovens contemporâneos e com aqueles que virão mais adiante? Essas perguntas são norteadoras para você conseguir entender a importância de falar em uma aprendizagem multimídia capaz de acontecer por meio da inserção de mídias em quaisquer níveis da educação básica.
Partindo da premissa de que hoje há grande produção de informação e a consequente pulverização de autores na internet, formar um cidadão global capaz de discernir fontes, criticar conteúdo e saber reconhecer as técnicas de produção destas informações é uma necessidade constante de professores mundo afora. A grande questão aqui é conseguir despertar que consumidores de informação tornem-se produtores conscientes de bom conteúdo e, com isso, haja desenvolvimento de um pensamento crítico por meio do domínio da técnica de produção de mídia. Eu entendo que o ganho, no mínimo, seja a garantia de que o consumo de informação não ficará mais apenas no nível da alienação.
A escola, que tem a missão de ajudar a diminuir as desigualdades entre os que têm e os que não têm acesso às mídias e às informações, quando reconhece que uma aprendizagem multimídia é capaz de levar os estudantes a experimentarem a criação de mídia, sai à frente na formação de um cidadão global. É porque, também, as mídias fazem parte do dia a dia das crianças e dos jovens e a escola não deve estar desconectada dessa realidade. Entendo que os alunos precisam desenvolver habilidades e competências para lidar com o mundo conectado e a construção do pensamento crítico e a formação de cidadão digital estão ligados aos universos escolar, digital e midiático.
Quando eu falo em mão na massa, me refiro à possibilidade de os alunos e os professores produzirem os próprios recursos multimídia. Hoje é possível falar de gêneros digitais e ensinar técnicas de edição de texto, imagem, áudio e vídeo. Quando aos estudantes são apresentados recursos digitais para a produção consciente de conteúdo para a internet, por exemplo, toda a sociedade ganha com essa formação de um cidadão digital mais sábio e orientado à reflexão e ao entendimento das informações que circulam em rede.
O ambiente escolar é o espaço mais que propício para o desenvolvimento dessa aprendizagem multimídia com muita mão na massa. É o que também podemos chamar de aprender fazendo. Produzir mídia cabe em qualquer matéria. Muitos gêneros jornalísticos e gêneros digitais, por exemplo, podem fazer parte de uma aula de português. Ensinar a interpretar infográficos deveria ser uma grande aula. Analisar reportagens impressas e em audiovisual também. Por meio dessa camada de inserção de multimídias nas matérias é possível evitar o distanciamento do mundo teórico da vida prática.
Com uma aprendizagem multimídia voltada à produção de recursos autorais, como blogs, minidocumentários, fotorreportagem, gifs etc, é possível convidar o estudante e o professor para se tornarem autores de mídia fazendo com que eles conheçam os bastidores dessa produção. Neste sentido, ambos serão capazes do desenvolvimento de um pensamento crítico acerca do que se produz e se consome de informação em mídias impressa, eletrônica e digital.
Na próxima semana, a partir de 30 de junho, como guia do Amplifica 4×4, educadores trilheiros vão embarcar comigo em uma jornada de imersão em aprendizagem multimídia. Eles serão convidados a se apropriar de ferramentas analógicas e digitais e passarão a ser autores dos próprios recursos multimídia para usar em aula. Está lançado o desafio de ocupar as redes com a hashtag #midianaescola
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Artigo inspirador ! Sempre converso isso com a minha filha de 11 anos, consumidora voraz das mídias digitais: no meio de tanta informação esteja sempre atenta e critique todos os conteúdos dentro da sua cabecinha frente aos seus valores e crenças. Ansiosa pelos próximos dias … com certeza esse encontro não é por acaso 😉
Considero a produção de conteúdos como um processo importante para a educação, para a aprendizagem, o exercício da autonomia, para se posicionar diante do mundo. E também vejo como um espaço importante de cidadania e de ética nas relações e, nesse aspecto, de grande responsabilidade da escola e dos professores e da família. Uma fakenews, sabemos, pode acabar com a vida de alguém, de um estudante, pode ser trágica. Quem faz a curadoria? quem acompanha? Qual o limite? Já vimos o que pode ser problemático, a partir de diferentes experiências no facebook e na troca de mensagens íntimas nos aplicativos de mensagens. Quanto mais avançamos em um campo, mais precisamos cuidar de outros. Não é o trabalho de um professor que vai dar conta disso, mas de um coletivo, de uma escola que ajude a educar para a vida e discuta sobre as consequências de determinadas ações.
Essa linha da produção em forma de mídia é interessante, masssssssssss, estamos diante de uma clientela de ensino público e muitosss com deficit de aprendizagem, autistas, inclusos dos mais diversos tipos e segmentos da sociedade, numa Escola onde usamos nosso celular para fazer a chamada, onde há quarenta alunos na sala com características distintas e um professor se arrebentando para conquistar a atenção dos mesmos, onde falta até mesmo uma televisão por mais simples que seja para socorrer, ……….
A situação ainda piora quando se fala do o conteúdo, hoje a quantidade destes e a velocidade a serem trabalhados em sala, corresponde ao de uma Escola privada, desconsiderando todas as questões já descritas.
Diante disso, a ideia é importante, mas conhecer a realidade das Escolas também é, planejar antes de tudo.